segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Colina: fonte digital cruzmaltina

Nenhum outro clube no Brasil possui uma ligação tão forte com um símbolo. E tamanha devoção talvez resulte em um fenômeno parecido com o dos casais apaixonados: as mudanças trazidas pelo tempo parecem imperceptíveis. Mas a famosa cruz carregada no peito vascaíno desde a fundação do Club variou de forma em seus mais de cem anos de glórias. Todas essas mudanças foram reunidas em formato digital, a fonte Colina, que seus torcedores podem baixar para criar imagens com aquela que mais lhe agrada ou traz lembranças. Clique na imagem abaixo, conheça um pouco mais sobre o símbolo maior vascaíno e tenha toda essa história agora em suas mãos.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Imensa Torcida

“O maior patrimônio de um clube é a sua torcida”. Não há explicação melhor do que a já batida frase para a relação entre tantas instituições e os seus seguidores. A forma como esse patrimônio foi contruído explica muito das idiossincrasias desses diversos grupos, heterogêneos em muitos sentidos.

É a história que explica a ligação entre os Cruzmaltinos e o Club de Regatas Vasco da Gama. A história de seguir o mais difícil dos caminhos, contra tudo e contra todos, e ver surgir da luta pela sobrevivência uma vitória maior que o tornou inigualável entre os grandes. A história de não ser um reles expectador das batalhas, mas participar ativamente destas, resultando em frutos concretos (jamais conseguidos por seus adversários) que poderão ser admirados por seus filhos e netos. A história de unir por um forte laço tantos corações (que não se renderam à campanha diária que conquistou tantas personalidades fracas e as transformou em adeptas de alguma instituição cujos laços são bem mais frágeis) que estes constituíram um verdadeiro País dentro de um país. A história que resultou, não por acaso, no único hino de um clube grande que traz em si referências ao tamanho de sua torcida e a sua dimensão nacional, que alcança todos os recantos desse Brasil continental. Uma história que muitos tentaram abafar, mas que se faz imortal através de uma simples análise dos fatos.


Foto: Blog de Pedro Martinelli

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

segunda-feira, 5 de maio de 2008

O Expresso segundo um Mestre

"O Vasco da Gama ganhou o campeonato de 1945 invicto.

Entegou o campeonato de 1946 ao Fluminense quando cedeu seu artilheiro Ademir ao clube das Laranjeiras, que foi o campeão.

Voltou a vencer invicto o campeonato de 1947, com 7 pontos na frente do Fluminense que foi o segundo colocado.

Perdeu em 1948 para o Botafogo disputando o título.

Voltou a ganhar em 1949 invicto, e em 1950 com alguns pontinhos perdidos.

Em 6 campeonatos, o Vasco perdeu dois.

Por alguns pequenos erros do Vasco da Gama, os clubes cariocas escaparam de uma enfiada de 6 títulos!"

Thomaz Soares da Silva - o Zizinho ou Mestre Ziza, craque da Seleção Brasileira na Copa de 50 que mais tarde foi treinador do Vasco. (saiba +)

O EXPRESSO DA VITÓRIA, CAMPEÃO INVICTO EM 1949

Fontes
Texto: "Verdades e Mentiras no Futebol", de Mestre Ziza.
Foto: Site oficial do Vasco da Gama.

sexta-feira, 28 de março de 2008

Colina em dia de Coliseu

“Em 26 de janeiro de 1930, o Estádio Vasco da Gama, conhecido como São Januário, teve seu dia de Coliseu. Foi uma grande festa para comemorar a conquista do campeonato do ano anterior. Houve apresentação de ginástica pelo Corpo de Bombeiros, exibições de cavalaria pela Polícia Militar e uma partida de futebol feminino com famosas artistas de teatro como Araci Cortes e Elza Gomes. O grande espetáculo mesmo aconteceu no encerramento, quando o time vencedor deu voltas pelo campo em duas bigas construídas especialmente por um cenógrafo.”

CAMPEÕES DE 1929, QUE DESFILARAM EM BIGAS

Fontes
Texto: Revista Veja Rio de 5 de março de 2008, que listou 80 fat
os históricos, surpreendentes e inusitados que tiveram como cenário a cidade do Rio de Janeiro, para comemorar seus 443 anos.
Foto: Netvasco

domingo, 2 de março de 2008

A mais bela história: Os heróis de 23



Uma justa homenagem aos principais responsáveis pelo Vasco ser o que é hoje.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

O Santuário

“Quando marcam gols no estádio de São Januário, no Rio de Janeiro, os jogadores têm visões da crucificação. Menos de 20 passos atrás do gol, uma cruz de madeira escura se projeta do vitral de uma capela ao estilo modernista de meados do século passado em honra a Nossa Senhora das Vitórias. Alguns passos à esquerda, perto da linha do escanteio, há um pequeno jardim cheio de pedestais com estatuetas em concreto da Virgem Maria e outros ícones. É assim que o resto do mundo espera que esse esporte seja praticado no Brasil, o berço da civilização futebolística: de maneira transcendental.

São Januário pertence ao Vasco da Gama, e o estádio em si é um santuário do futebol brasileiro.”


FONTES
Texto: trecho de “Como o futebol explica o mundo (Um olhar inesperado sobre a globalização)”, de Franklin Foer, Jorge Zahar Editor, 2005.
Imagem: tela de J. Araújo para a a segunda edição do projeto “Rio de Janeiro em Mapas”, retirada do site da FAPERJ.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Todos os Hinos

Como todo país, o País Vasco tem seu hino. O que poucos Cruzmaltinos sabem é que o hino hoje entoado pelos estádios do mundo é o terceiro feito em sua História, sendo os outros dois pouco conhecidos. Vamos a eles:


Hino Triunfal do Vasco da Gama
(1918 - letra e música de Joaquim Barros Ferreira da Silva)

Composto antes mesmo do primeiro título carioca (conquistado em 1923), esta canção nos faz pensar nos primeiros Cruzmaltinos, que assim como nós já amavam, torciam, comemoravam e sofriam pelo Vasco - há mais de um século atrás! Seu estilo rebuscado procura beleza nas formas das palavras (da mesma maneira que o hino nacional brasileiro), utilizando um vocabulário nada popular. Assim como quase ninguém sabe o que significa “brado retumbante”, poucos tem idéia do que significa “Clangoroso apregoa, altaneiro”. Confira nessa gravação com um delicioso sotaque português:



Clangoroso apregoa, altaneiro
O clarim estridente da fama
Que dos clubes do Rio de Janeiro
O invencível é o Vasco da Gama
Se vitórias já tem no passado
Glorias mil há de ter no porvir
O seu nome é por nós adorado
Como estrela no céu a fulgir!

Refrão:
Avante então
Que pra vencer
Sem discussão
Basta querer
Lutar, lutar
Os vascaínos
De terra e mar
Os paladinos

É mundial
A sua fama
Vasco da Gama
Não tem rival
Mais uma glória
Vai conquistar
Lutar, lutar
Para a vitória

Sobre os peitos leais, vascaínos
Brilha a Cruz gloriosa de Malta
Corações varonis, leoninos
Que o amor pelo Vasco inda exalta.

Quando o Vasco em qualquer desafio
Lança em campo o seu grito de guerra
Invencível, nervoso arrepio
Faz tremer o rival e a terra!



Meu Pavilhão
(ano desconhecido - música de Ernani Corrêa e letra de João de Freitas)

Talvez buscando uma versão de mais fácil assimilação popular, um novo hino foi feito, não se sabe em que data exatamente. Além da mais curto, sua letra é menos rebuscada, o que não a impede de ser também bastante bonita. O detalhe interessante é que nesta gravação quem canta é o time campeão brasileiro de 1974.



Vasco da Gama evocas a grandeza
Daqui e d'além mar
Teu pavilhão refulge de beleza
Perene a tremular!

Dos braços rijos de teus filhos,
O mar sagrou-te na história!
Reflete pelos céus em forte brilho
O cetro que ostentas da vitória!

Na cancha és o pioneiro!
És o mais forte entre os mil!
Com a fama que ecoa no estrangeiro
Elevas o esporte do Brasil!



Hino do Vasco
(1949 – letra e música de Lamartine Babo)

Esta foi a versão que ganhou os corações Cruzmaltinos (já nasceu com motivos para ser cantada, pois o Vasco conquistou os Campeonatos Cariocas de 1949 e 1950) e é cantada até hoje. Talvez o motivo do sucesso seja o fato de seu compositor, Lamartine Babo, ter sido um dos maiores autores de marchinhas de carnaval de todos os tempos. Lamartine compôs também os hinos dos maiores rivais cariocas do Vasco – entre eles o seu América.



Vamos todos cantar de coração
A cruz de malta é o teu pendão
Tens o nome do heróico português
Vasco da Gama... tua fama assim se fez

Tua imensa torcida é bem feliz
Norte-Sul, Norte-Sul deste país
Tua estrela, na terra a brilhar
Ilumina o mar

No atletismo és um braço
No remo és imortal
No futebol és um traço
De união Brasil-Portugal



Um detalhe interessante é que a introdução instrumental foi baseada no hino nacional de Portugal. A melodia do verso “Heróis do mar, nobre povo” foi transformada nos acordes que atualmente dão início às comemorações dos títulos Cruzmaltinos.

Veja como os portugueses têm orgulho de seu hino, aqui cantado pela seleção de rugby no mundial de 2007, e comprove como Lamartine acertou em identificar essa relação do Vasco com suas origens.



fontes: site oficial do Vasco e netvasco

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Um poema Cruzmaltino

E viva, viva o Vasco: o sofrimento

há de fugir, se o ataque lavra um tento.

Time, torcida, em coro, neste instante,

Vamos gritar: Casaca! ao Almirante.

E deixemos de briga, minha gente.

O pé tome a palavra: bola em frente.

Carlos Drummond de Andrade (saiba +)

.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Por que “País Vasco”?

O título deste blog pode causar estranheza quando acessado por muitos cruzmaltinos. A maioria com certeza já ouviu a expressão “País Vasco”, nunca porém em referência à imensa torcida bem feliz.

A idéia original era simplesmente um trocadilho, além de lançar uma expressão que mais uma vez diferenciaria o Vasco de todos os outros clubes, que preferem chamar seus torcedores de “nação”. Uma breve análise da região fonte da inspiração, porém, fortaleceu ainda mais uma possível identificação.

Para quem não conhece, o País Basco (ou “País Vasco” em espanhol) é uma região histórico-cultural localizada no extremo norte da Espanha e no extremo sudoeste da França. Eles têm língua própria (o euskara), e também alguns movimentos que defendem sua independência.

Dentre os símbolos do País Basco original estão sua bandeira.

E não é que as formas do pavilhão se parecem com a cruz-de-malta? Quando colocada sobre um fundo verde então fica igualzinho. Além de possuir as cores de Portugal.

Já estava feliz por saber que os bascos (como são chamados os habitantes do País Basco) têm bom gosto para escolher seus símbolos, quando me deparei com um outro traço da cultura basca.


Ele mesmo! O bacalhau! Antes de sua industrialização os bascos já o comercializavam, e foram os primeiros a utilizar sal para que durassem mais.

Depois dessa não havia dúvidas de que o trocadilho seria mais do que acertado, dadas as coincidências que ligavam os bascos (cerca de 2,1 milhões) aos cruzmaltinos (cerca de 10 milhões segundo a pesquisa menos absurda já feita - Lance!/Ibope de 2004). Cruzmaltinos do mundo, uni-vos! O Vasco somos nós – e o País Vasco também...

Se quiser conhecer um pouco mais sobre o País Vasco original, veja na Wikipedia e no Site da Comunidade Basca no Brasil.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

O Vasco e os outros

Quando se fizer uma pesquisa sobre os clubes de futebol do Rio de Janeiro, é melhor separá-la em duas partes: uma exclusiva para o Club de Regatas Vasco da Gama e outra para os restantes.

A começar pelo nome. Os outros nasceram de vocações bairristas, por isso nomes com referências que não ultrapassam o estado onde surgiram. O Vasco não. O Vasco tem nome e sobrenome. Da difícil escolha a ser feita, durante a fundação do Club, de um nome que representasse uma colônia, mas ao mesmo tempo não segregasse pessoas que não pertencessem à ela, surgiu a solução inusitada de um nome próprio. Nome de um herói, cuja existência foi real mas sua história o fez mito, que a herança portuguesa deixou nessas terras em meio a tantos outros. Vasco da Gama. O irônico é que, mesmo com sobrenome, a torcida cruzmaltina é a única que não precisa recorrer a apelidos, amputando sílabas aleatoriamente para formar monossílabos e dissílabos que caibam em seus gritos. O nome Vasco pode ser cantado sem maiores dificuldades, e possui um “a” de pronúncia aberta, sempre abafando os nomes com as outras vogais na batalha dos gritos nos estádios. Váááááááááásco!

Os outros clubes são identificados por suas cores. Infelizmente para eles há centenas de outros clubes espalhados pelo mundo com as mesmas cores – por isso esses adjetivos nunca são suficientes. O Vasco não. O Vasco traz na adjetivação de tudo que se relaciona e ele o seu símbolo, resultando numa qualidade que não deixa dúvidas quando proferida: Cruzmaltino. Em meio a tantos alvinegros, rubro-negros, tricolores e multicolores que surgiram, há um Clube com um símbolo tão forte que sobrepujou suas cores, e é através dele que se dá sua identidade.

Os outros clubes surgiram com vergonha de suas origens. Foram fundados pela elite fascista, que tinha vergonha de ser brasileira de origem portuguesa, desejando ser inglesa ou alemã. Se pudessem erradicariam da cidade aqueles milhares de escravos libertos e seus descendentes. O Vasco não. O Vasco traz o orgulho de suas origens: lusitana no nome, suburbana em sua localização e negra em sua história. Ao contrário do que se diz, não foi somente o primeiro clube a acolher jogadores negros, e sim um dos primeiros lugares onde todos os brasileiros tiveram voz de forma igual. Chegando ao ponto de eleger, ainda no início do século, um presidente negro. É inegável que a idéia de um Brasil igualitário, que todos sonhamos a ainda buscamos construir, teve sua origem no Club de Regatas Vasco da Gama.

Os outros clubes sempre tiveram toda a benevolência do Estado, em todos os seus níveis, para alcançarem seus objetivos. Através de relações promíscuas com o poder e com a imprensa, conseguiram terrenos, financiamentos, e diversos outros favores para aumentar seus patrimônios e torcidas. O Vasco não. O Vasco sempre teve tudo contra si: Estado, imprensa e federações. Sedes foram demolidas, campanhas difamatórias foram feitas e nenhum passo foi facilitado, mesmo quando o resultado seria benéfico para toda cidade. O maior exemplo: a construção de São Januário. Nenhum clube tem uma relação tão forte com seu estádio. Contrariando a lógica que foi aplicada aos outros clubes, nenhum centavo de dinheiro público foi investido na construção da casa cruzmaltina. A exigência, por parte dos clubes elitistas, de se ter um estádio próprio para poder competir, fez nascer um dos exemplos mais lindos que se tem notícia de mobilização popular. A enorme quantidade de mãos que participaram daquela obra, de maneiras diversas, tem reflexos 80 anos depois, quando jovens demonstram amor por cada tijolo que compõe o Gigante da Colina.

Por tudo isso o Club de regatas Vasco da Gama é diferente: por ser um sobrevivente que resistiu ao centenário graças exclusivamente aos cruzmaltinos. Títulos podem surgir aos montes, em uma década de sucesso um clube pode ser incluído entre os mais vencedores de todos os tempos. Mas história, origem e trajetória não podem ser conquistadas ou compradas. E é por isso que qualquer outra instituição esportiva, mesmo com dezenas de campeonatos mundiais conquistados, quando se deparar com o Club de Regatas Vasco da Gama deve ter a consciência de estar contemplando o maior Club do Brasil.

Vinicius Guimarães

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Lançamento do blog "O país Vasco"

A partir de hoje este será um espaço para demonstração de amor eterno ao Club de Regatas Vasco da Gama.